Aos trabalhadores do chão de fábrica....tem que conhecer essa mulher.
Uma judia marxista;
Uma mulher apaixonante...
Uma judia marxista;
Uma mulher apaixonante...
INDICADÍSSIMO....
A CONDIÇÃO OPERÁRIA E OUTROS ESTUDOS SOBRE OPRESSÃO
Uma carta a uma aluna
Simone Well
1934
" Quanto ao amor não tenho conselho a dar, mas pelo menos advertência. O amor é algo de grave onde frequentemente corremos o risco de um engajamento para sempre tanto da própria vida quanto da vida do outro humano.Podemos dizer que este risco sempre existe, a menos que um dos dois faça o outro o seu brinquedo; só que nesse caso - que é muito frequente - o amor passa a ser algo odioso. Veja: O essencial do amor consiste que um ser humano tem um necessidade vital de um outro ser humano - necessidade recíproca ou não, durável ou não, dependendo do caso. A partir de então, o problema é conciliar semelhante necessidade com a liberdade, e desde os tempos imemoriais, os homens debatem esse problema. Por isso, a ideia de procurar um amor para ver o que é, para animar uma vida por demais triste,etc, me parece perigosa e, principalmente, pueril. Posso dizer-lhe que na sua idade, e mais tarde também, quando tive a tentação de procurar conhecer o amor, afaste-a; eu me dizia que era melhor não arriscar o engajamento de toda a vida numa direção impossível de prever antes de ter atingido um grau de maturidade que me permitisse saber ao certo o que quero da minha vida de uma forma geral,o que é que espero dela. Não digo isso como exemplo, cada vida segue dentre de suas próprias leis.[....] Acrescento que amor me parece comportar um risco mais assustador ainda do que engajar cegamente a nossa existência; é o risco de nos tornarmos o árbitro de nossa existência humana, quando se é profundamente amado. [...] não é que devemos fugir do amor, mas não devemos procurar, e principalmente quando somos muito jovens.
Simone Well
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