No meio de um mundo de ideias e fontes, luzes, reflexões, anseio, fomes e medos...
O SER se joga no papel como quem joga-se em alto mar...mergulha, vai, nada, inspira e respira...
Escrever é uma forma de nadar, as letras e o papel são esse conjunto que fazem parte desse mar.
O que escrever? como escrever? pra que? pra quem? tudo são partes dessa totalidade que é o nadar/escrever.
Muitos SERES tem medo dessa água.
Muitos nunca molharam os pés, nunca sentiram a maresia, nunca viveram a ousadia e o prazer que escrever produz...
Muitos nem sequer aprenderam que pelas letras acessamos novos mundos, outros seres, que destruímos cercas, rompemos pontes, desvelamos dias, produzimos auroras.
Ao mesmo tempo o medo do desconhecido é parte desse humano.
A PALAVRA tem uma profundidade no SER, somos sim seres da PRÁTICA, mas essa é banhada, molhada, encharcada de PALAVRA.
Quando escrevo transcendo meu corpo, o tempo e espaço...
Saio de mim e entro em mim...
Mergulho no SER de Possibilidades e Potencialidades...
Derrubo moirrões, o ocupo latifúndios, adentro consciência e compreendo-me como SUJEITO DE HISTÓRIA.
Como guardiã de memória.
Como mulher que luta, que vive, que canta, que chora e que acima de tudo AMA!
Sábado de outono,
dia de luz,
dia de sol,
dia de vida...
Fundindo sonhos e
ascendendo a ESPERANÇA
para aquecer-se
esses Tempos duros,
ásperos, árduos.
MAIO de 2014
Bruxa Katita
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